Neste volume publicado em 1964, Carlo Coccioli procurou explicar o "interior" da tragédia asteca, o colapso de uma civilização, ao mesmo tempo, brilhante e sangrenta que, no início do século XIV, conseguiu impor sua lei praticamente em toda a América Central pré-colombiana, com a notável exceção dos tarascanos. Para fazer isso, ele escolheu como herói e narrador como o último imperador asteca, Cuauhtemoc, sobrinho de Montezuma. A tradução do nome de Cuauhtemoc significa literalmente "A águia que caiu". Isto, somado aos presságios negativos que, dizem eles, com seu nascimento, parecem ter predestinado à tragédia que compartilhou com seu povo, a derrota final pelos conquistadores espanhóis, liderados por Hérnan Cortés. Montezuma II, muito ansioso, muito passivo quanto às reivindicações de Cortés, já Cuauhtemoc representa a revolta contra o invasor e a luta desesperada dos astecas para manter sua liberdade e a de seu país. O romance Coccioli dá uma visão consistente do processo que era fazer o príncipe conspirar contra primeiro Montezuma — Coccioli adota a versão que Cuauhtemoc foi o primeiro a atirar pedras contra o Imperador tornou-se o fantoche dos espanhóis — então contra Cortes e seu povo. Estamos testemunhando a transformação de um adolescente indeciso, respeitoso das opiniões dos seus anciãos, um líder experiente e lúcido, a quem sua fé incomum, tão diferente da de seus antepassados, vai ver além da morte seu império.
Autoria |
Coccioli, Carlo (1920-2003) - aut Santos, Gomes dos - trl |
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Coleções |
Dois mundos |
Assuntos |
Cortés, Hernán Montezuma I, Imperador Asteca Montezuma II, Imperador Asteca História - América Central Literatura italiana Romance histórico Astecas - Usos e costumes |
Editora | Livros do Brasil |
Tipo | Livro |
Ano | [c1964] |
Extensão | 442 p. |
Localização | 821.131.1 C659.03a 1964 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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