A modernidade e o estilo de "A correspondência de Fradique Mendes" são um marco da literatura portuguesa. Eça de Queiroz, Jaime Batalha Reis e Antero de Quental criaram esse heterônimo coletivo, um personagem fascinante, deram-lhe uma pátria, uma família, gostos, profissão e estilo próprio para criar uma voz diferente da sua — que fizesse um juízo sobre o mundo e sobre a sociedade portuguesa. "A correspondência de Fradique Mendes" é dividida em duas partes: "Memórias e notas" e "As cartas". Na primeira, o autor traça um saboroso perfil biográfico de Fradique. Nesta obra de humor clássico e refinado emerge um Fradique de caráter enigmático, aristocrata, poliglota e intelectual, símbolo de uma geração de pensadores da qual o próprio Eça participou. Já "As cartas", publicadas inicialmente no jornal Repórter de Lisboa e na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, são um retrato notável da época. Discutem desde grandes questões da humanidade até detalhes pessoais. Apesar de ver a vida como uma "escura debandada para a morte", Fradique acreditava que era possível debandar com arte, graça, estilo e, acima de tudo, bom humor.
Autoria |
Queiroz, Eça de (1845-1900) - aut Quental, Antero de (1842-1891) - aut Reis, Jaime Batalha (1847-1935) - aut Pissarra, Augusto - oth - aui - org |
---|---|
Coleções |
Obras completas de Eça de Queiroz |
Assuntos |
Humor (Literatura) Usos e costumes - Portugal Cartas Literatura portuguesa Romance Ficção |
Editora | Brasiliense |
Tipo | Livro |
Ano | 1961 |
Extensão | 242 p. |
Localização | 821.134.3 Q3.26o v.13 1961 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
MARC | Visualizar campos MARC |