A linha de sombra: uma confissão

Última obra-prima escrita por Joseph Conrad, "A linha de sombra" (1917) marca o limite — tão indefinível e incompreensível, quanto inquietante e doloroso — que num determinado momento da vida configura, de modo irrevogável, o fim da juventude. Para o protagonista deste romance intenso, a ultrapassagem dessa fronteira coincide com uma experiência excepcional e dramática: oficial da marinha mercante, em seu primeiro comando se defronta com uma interminável calmaria no clima insalubre dos mares do sudoeste asiático, enquanto vê sua tripulação ser dizimada por uma violenta epidemia de febre. A imobilidade cada vez mais ameaçadora e sinistra do navio contrapõe-se a intensificação, nos homens que o deveriam conduzir, de uma angústia e de um medo que deixam o comandante na desolada solidão de sua responsabilidade e de sua importância. Nos vinte dias de calmaria — metáfora de um tempo e de um espaço espantosamente concentrados, ele parecerá atravessar todas as fases de uma existência, descobrindo a maravilha no terror, a ânsia irremediável nos sobressaltos e de alegria ou ainda a sutil sensação de derrota que permeia um episódio de libertação. Quando vencer essa situação, o comandante exibirá o traço indelével de uma ferida da alma, no fundo da qual encontrará confusa e corajosamente a consciência definitiva da condição humana.


Autoria Conrad, Joseph (1857-1924) - aut
Acker, Maria Antonia Van - trl
Coleções Melhores livros do Século XX
Assuntos Literatura ucraniana
Romance
Ficção
Editora RBS Publicações
Tipo Livro
Ano 2004
Extensão 159 p.
ISBN 9788589489447
Localização
821.161.2 C754li 2004
Exemplares 1 exemplar(es)
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