Escrita em 1959, esta pequena obra-prima de concisão narrativa e poética é tida por muitos como uma das mais extraordinárias novelas da nossa língua. Numa prosa inebriante, que tangencia o fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade. Algum tempo depois, Quincas é encontrado sem vida em seu quarto imundo. Sua envergonhada família tenta restituir-lhe a compostura, vesti-lo e enterrá-lo com decência; mas, no velório, os amigos de copo e farra dão-lhe cachaça, despem-no dos trajes formais e fazem-no voltar a ser o bom e velho Quincas Berro d'Água. Levado ao Pelourinho, o finado Quincas joga capoeira, abraça meretrizes, canta, ri e segue a farra em direção à sua segunda e agora apoteótica morte. Também, com grande lirismo, Jorge Amado narra a história do amor de um gato mau por uma adorável andorinha. Com ilustrações aquareladas do artista plástico Carybé, a narrativa mostra como duas criaturas bem diferentes podem não apenas conviver em paz como mudar a maneira que cada um tem de ver o mundo.
Autoria |
Amado, Jorge (1912-2001) - aut Teixeira, Floriano de Araújo (1923-2000) - ill Oliveira, Jordão de (1900-1980) - ill Carybé (1911-1997) - ill |
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Assuntos |
Literatura brasileira Romance Ficção Literatura infantojuvenil Amor Preconceito Morte |
Editora | Record |
Tipo | Livro |
Ano | 1983 |
Extensão | 103 p., 50 p. |
Localização | 821.134.3(81) A481.10mo 1983 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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