Concebido originalmente como roteiro cinematográfico, "A traição de Rita Hayworth", primeiro romance do argentino Manuel Puig, publicado em 1968, mostra o seu estilo já bem definido: é um relato semi-autobiográfico que analisa a influência dos filmes na cultura e no dia-a-dia de uma pequena cidade da Argentina entre os anos 1930 e 1940, com seus sonhos, frustrações, símbolos e mitos. A linguagem de Puig busca uma fidelidade e uma intimidade com o coloquial, construindo a narrativa de formas inusitadas — conversas telefônicas, cartas, diários, redações e diálogos de filmes. Puig é lembrado como um dos grandes nomes da literatura latino-americana do século XX, se destacou pela singularidade e pela força de seus trabalhos, desconstruindo peças da cultura popular — o cinema, os folhetins — e realizando uma colagem arrebatadora nas páginas de seus romances. "A traição de Rita Hayworth", que chegou a ter problemas com a censura, alcançou imediato sucesso na Argentina, na Espanha, na França, na Itália e nos Estados Unidos. Foi bem acolhido por crítica e público, incluído pelo jornal Le Monde na lista dos cinco melhores livros estrangeiros publicados na França no final da década de 1960.
Autoria |
Puig, Manuel (1932-1990) - aut Rodríguez, Glória - trl |
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Coleções |
Romances de hoje |
Assuntos |
Literatura argentina Romance Ficção |
Editora | Nova Fronteira |
Tipo | Livro |
Ano | 1983 |
Extensão | 277 p. |
Localização | 821.134.2(82) P979.13t 1983 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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