Água doce

Com uma linguagem crua e física, narrada majoritariamente na primeira pessoa do plural, a obra renega a possibilidade de um “eu” único e uniforme, celebrando e advertindo sobre a vida em espaços liminares. Ada sempre foi estranha. Quando criança, vivendo no sul da Nigéria, a família se preocupa com ela e não a entendem. Enquanto Ada ainda estava no ventre, o pai rezou por uma filha, e Ala, a deus-píton, ouviu; mas algo deu errado: talvez os deuses tenham esquecido de fechar os portões, pois Ada nasceu com diversos seres dentro de si. Quando ela vai para os Estados Unidos para a universidade, um evento traumático acaba sendo o catalisador que transforma seus muitos “eus” em algo mais forte. Ada é ọgbanje ela é vários, e apenas um. Os muitos espíritos que vivem dentro dela nunca se consolidam, mas, depois de quase (quase?) enlouquecer, Ada aprende a tomar a frente e controlá-los. Seu corpo transforma-se com sua mente, adequando a materialidade ao que os ọgbanje são: sem gênero, sem extremos, sempre liminares. Água doce narra uma jornada de autoconhecimento, crescimento e aceitação, da filha de um deus jogada no mundo com um pé ainda do outro lado.


Autoria Emezi, Akwaeke - aut
Facchin, Carolina Kuhn - trl
Assuntos Literatura nigeriana
Fantasia
Saúde mental
Editora Editora Kapulana
Tipo Livro
Ano 2019
Extensão 206 p.
ISBN 9788568846728
Localização
821.111(669.1) E53.26a 2019
Exemplares 1 exemplar(es)
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