Uma jovem e promissora bailarina cai durante uma apresentação. Betinha, veterana, se aproxima para fazer uma barreira de proteção - afinal, o espetáculo não pode parar. Rejane caiu por causa daquele maldito prego que há anos "mora" no palco ou foi empurrada? Os boatos confirmam o empurrão, no entanto ninguém sabe dizer realmente quem foi. Mas isto não importa. Está armado o cenário de uma trama sórdida, em que a arte é um mero detalhe. "Balé branco" é um romance ao mesmo tempo delicado e cruel. Usando os recursos de uma composição musical - abertura, adágio, primeira variação, segunda variação e coda - Carlos Heitor Cony envolve o leitor numa narrativa surpreendente, na qual cada movimento revela a dimensão humana dos personagens. É a veterana que sabe que está no fim da linha e decide engravidar. É o diretor que trata seu corpo de baile como gado. É a grande dama que depois de tantas recusas resolve dançar 'Gisele'. É o bailarino, já gordo e pesado, que agora só faz pequenos papéis. É o pianista decadente que vive de favor. É a jovem sonhadora que acredita que para vencer basta talento e perseverança. É a arte em contraponto ao jogo de poder.
Autoria |
Cony, Carlos Heitor (1926-2018) - aut |
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Coleções |
Vera Cruz |
Assuntos |
Literatura brasileira Romance Ficção Dança Balé (Ballet) |
Editora | Civilização Brasileira |
Tipo | Livro |
Ano | 1966 |
Extensão | 206 p. |
Localização | 821.134.3(81) C768.03ba 1966 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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