Coração tão branco

Juan é intérprete e tradutor, como Luisa, com quem acabou de casar. Ouvir e contar é o seu ofício. Ouvir, para ele, é quase uma obsessão, como uma forma de fazer existir o que acontece. Mas devemos contar sempre o que ouvimos? Não é melhor, às vezes, calar, guardar segredo, para que o passado não permaneça presente? E não é melhor, às vezes, não ouvir, para não saber e, assim, nos proteger? Foi ouvindo sem querer que ele descobriu que sua tia não morrera de morte natural, mas se suicidara. E que, antes dela, outra esposa de seu pai, cuja existência até então ignorava, também morrera tragicamente. Ouvir essas revelações não buscadas agravou o mal-estar que Juan sentia desde o dia de seu casamento com Luisa, desde que seu pai, durante a recepção no Cassino, chamou-o para uma conversa reservada e pronunciou a palavra fatal, segredo: "Quando você tiver segredos ou se já os tiver, não os conte. Boa sorte".


Autoria Marías, Javier (1951-2022) - aut
Brandão, Eduardo - trl
Assuntos Literatura espanhola
Romance
Ficção
Editora Companhia de Bolso
Tipo Livro
Ano 2008
Extensão 267 p.
ISBN 9788535913194
Localização
821.134.2 M333.10c 2008
Exemplares 1 exemplar(es)
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