MARC


020 __ |a 852540361x
040 __ |a AABB Porto Alegre |b por
041 1_ |a por |h fre
044 __ |a bl |b rs
080 __ |a 821.112.2(494) |b B782c
090 __ |a 821.112.2(494) B782c 1992
100 1_ |a Bouvier, Nicolas |d (1929-1998) |4 aut
240 10 |a Chronique japonaise |l Português
245 10 |a Crônica japonesa |c Nicolas Bouvier ; tradução de Carlota Gomes |h [texto]
260 __ |a Porto Alegre |b L&PM |c 1992
300 __ |a 213 p. |c 21 cm
490 0_ |a Viagens e descobertas
490 0_ |a Bazar de aventuras
500 __ |a Tradução de: Chronique japonaise.
520 __ |a Pode parecer uma definição áspera, mas não é das piores: alguém já disse que a história da literatura é a história sistemática da tentativa de destruição da literatura, pelos críticos, intelectuais, teóricos, desde aquele primeiro clérigo descontente com o uso do italiano vulgar (roman, romance, vem de romal) em vez do latim, até os modernos escolásticos que buscam tudo num livro, exceto o prazer de ler. Entre esses exterminadores se encontram inclusive muitos literatos, tão tomados de fúria formalista que acabaram devastando suas próprias obras — preocupadíssimos em não sair da linha, acabaram se esquecendo de que não há literatura sem narrativa, nem livro sem uma boa história a ser contada. A literatura de viagem foi das poucas que passou incólume por esse surto de literatices. Talvez porque não haja romance de aventuras sem um mínimo de disposição para olhar além do umbigo. Ou porque os autores deste gênero são, em geral, gente mais dada à solidão, e que tem pouco tempo, entre um e outro embarque, para se ocupar com as intrigas das igrejas literárias. Seja como for, a literatura de viagem, o travel writing, tornou-se o mais interessante acontecimento literário dos anos 80 para cá, injetando vitalidade e interesse num cenário semiparalisado por discussões estéreis acerca do "escrever". Os autores-viajantes resolveram o dilema sem entrar na querela: descobriram que o que faltava, mesmo, era um bom assunto; encontraram o seu, e se puseram a trabalhar. Foi assim que Nicolas Bouvier, Paul Théroux, os ingleses reunidos em torno da revista Granta e um bom punhado de outros nomes acabaram se impondo como legítimos herdeiros de Conrad ou Stevenson — os grandes contadores de aventuras morais — ou de Malraux e Greene — fabulosos cronistas da história, ou mesmo da poesia do errante Rimbaud.
650 04 |a Usos e costumes |z Japão
650 04 |a Descrição de viagem
650 04 |a Literatura suíça
650 04 |a Crônicas
650 04 |a Ficção
700 1_ |a Gomes, Carlota |4 trl