Nesta novela lapidar, Eduardo retorna, depois de uma longa ausência, para sua terra natal, a cidade fictícia de Abarama, prestes a sumir do mapa devido a uma barragem que vai alagá-la. A cidade que o protagonista visita é praticamente um cemitério de almas e casas abandonadas. Lançando mão de uma apurada técnica narrativa, Josué Guimarães dá voz ao estado de espírito dos últimos habitantes de Abarama e, ao fazer o dramático relato de vidas que não têm saída, ombreia com os mais expressivos escritores latino-americanos. "Depois do último trem" é o registro realista e linear usado para tratar de uma situação absurda. Aproxima-se da melhor literatura fantástica ao abordar o desespero do personagem frente a uma realidade estranha aos seus sentimentos. Trata-se de um grito desesperado e impotente diante do mundo e da passagem do tempo — estes contrariam o ser humano, que, em meio a perdas, numa paisagem desolada, teima, insiste e continua esperando pelo último trem, que há muito já passou.
Autoria |
Guimarães, Josué (1921-1986) - aut |
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Assuntos |
Literatura brasileira Literatura gaúcha / Literatura sul-rio-grandense Romance Ficção |
Editora | José Olympio |
Tipo | Livro |
Ano | c1973 |
Extensão | 141 p. |
Localização | 821.134.3(816.5) G963.19-1de 1973 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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