Neste libelo do teólogo Erasmo de Rotterdam, quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na forma mais encantadora. E, já que ninguém mais lhe dá crédito por tudo o que faz pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos? Nas entrelinhas de "Elogio da loucura", o humanista Erasmo critica todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos que punham o homem ao serviço da razão (e não o contrário) e estende um véu de compaixão por sobre a natureza humana. Pois a Loucura está por toda parte, e todos se identificarão com algum dos tipos de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz, "Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes: O número dos loucos é infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos".
Autoria |
Rotterdam, Erasmo de (1466?-1536) - aut Neves, Paulo - trl |
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Coleções |
L&PM Pocket |
Assuntos |
Filosofia Loucura - Aspectos filosóficos - Aspectos morais Ensaios |
Editora | L&PM |
Tipo | Livro |
Ano | 2019 |
Extensão | 135 p. |
ISBN | 9788525412683 |
Localização | 101 R851e 2019 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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