Esta vida é realmente cheia de surpresas. Antes de serem um mal, há imprevistos que são de fato agradáveis. Ainda mais quando surgem assim, de inopino, como que saídos da cartola de um mágico. Foi o caso deste livro, coletânea de poesias de Gazir de Andrade Neves Brandolt. Seu conteúdo é uma grata surpresa, pois perpassado de uma espiritualidade como que à flor da pele. Se a mensagem social não chega a ser explicita, ela se encontra intrínseca em cada página. Não presa a preciosismos, a inspiração de Gazir flui solta, como poesia sincera. Como verso moderno, ela se volta mais para o interior, para o âmago da criatura, esquecendo por vezes a forma exterior de rima e métrica. A perplexidade do ser pensante está presente em todo o texto. A procura de Deus e a ânsia de reconquistar o paraíso perdido aflora a cada passo. "Tudo isso não explica, tudo isso mente. Deus não é definível, Deus apenas se sente". É o que se lê no poema intitulado "Deus". Ao passo que em "Inconstância" a criatura mostra sua finitude inconstante. A autora á fronteiriça do Alegrete, conterrânea do Osvaldo Aranha, Rui Ramos, Mário Quintana, ilustres alegretenses. Como esposa de bancário e mãe de quatro filhos, reparte suas horas com a inspiração. Não querendo guardar só para si estes momentos de enlevo poético, lançou este volume, em edição própria.
Autoria |
Brandolt, Gazir de Andrade Neves (1947-2022) - aut Mâncio, Maria Terezinha de Freitas - ill Scholz, Marilena - pfr |
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Assuntos |
Literatura brasileira Literatura gaúcha / Literatura sul-rio-grandense Poesia Antologia |
Editora | Gráfica Encantado |
Tipo | Livro |
Ano | 1979 |
Extensão | 88 p. |
Localização | AUTOGRAFADO 82-1 B819n 1979 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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