Nina

Além de dar um retrato de usos e costumes da sociedade em que viveu, Macedo, através das páginas de "Nina", conta uma história risonha, que se degusta com sorriso bonachão de quem contempla outras horas do Brasil — o Brasil imperial, O Brasil do segundo reinado, cujo símbolo mais significativo talvez esteja na barba patriarcal de Pedro II. Nina é um "brotinho" grã-fino do Dr. Vidal, bacharel de ricos dotes intelectuais e artísticos e moço de brilhante futuro. Mas, eis senão quando, surge diante da mocinha endiabrada, o desastrado e canhestro Firmiano. Firmiano é feio, sem graça, e não sabe vestir-se com aprumo e nem se comportar com desenvoltura. Mas, caprichosa e leviana, Nina rompe com o simpatico Dr. Vidal para se comprometer com Firmiano. Seu coração Oscila entre o aristocrático galã e o bisonho apaixonado. Os pais de Nina, bondosos e fracos, sofrem; as amigas malévolas e irônicas, cochicham, mexericam e comentam, e Firmiano, cego e cada vez mais seduzido pelas graças da jovem, não sente nem avalia o ridículo de sua situação. Quem, no entanto, terminará por vncer? O Dr. Vidal, elegante e espirituoso, perfeito herói romântico, ou Firmiano, patusco, limitado, sem qualidades pessoais afora um indiscutida honestidade e correção de caráter? Isso que dirá a leitura do romance de Macedo, que, como ele próprio dizia de si mesmo, era "um curioso que estuda a sociedade de seu tempo".


Autoria Macedo, Joaquim Manuel de (1820-1882) - aut
Coleções Rosa
Assuntos Ficção
Usos e costumes - Brasil
Literatura brasileira
Romance
Editora Saraiva
Tipo Livro
Ano 1951
Extensão 196 p.
Localização
ACERVO HISTÓRICO 821.134.3(81) M141.10n 1951
Exemplares 1 exemplar(es)
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