Em sua maioria, "as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico", esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a "realidade": as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com "O imortal", onde temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com "O aleph", para o qual Borges deu a seguinte "explicação" em 1970: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço". Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa ideia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
Autoria |
Borges, Jorge Luis (1899-1986) - aut Cardozo, Flávio José - trl |
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Coleções |
Sagitário |
Assuntos |
Antologia Ficção Literatura argentina Contos Fantasia |
Editora | Globo |
Tipo | Livro |
Ano | 1973 |
Extensão | 143 p. |
Localização | 821.134.2(82) B732.10a 1973 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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