Forçado a deixar a cidade natal na companhia do pai para morar em um território estranho no sul do país, João, de apenas 11 anos, passa a acumular do dia para a noite uma sucessão de abandonos. Envolto subitamente pelo desamparo total, o jovem herói se esforça em desviar das paredes que emergem no novo cotidiano, repleto de personagens esquecidos. Cavando pequenos espaços de sobrevivência, João promove o improvável encontro entre o niilismo e a cor exuberante das coisas — nativa apenas na mente de uma criança. Jeferson Tenório constrói um narrador singular e tocante nessa sua primeira obra, um verdadeiro arquiteto do invisível, capaz de reposicionar a dor, extrair, entre lágrimas e sorrisos, o sopro de vida de personagens que aparentam estar mortos, ou simplesmente derrubar as paredes mais duras da existência com um beijo, deixando uma alternativa real para a esperança em seu lugar. "E é assim que chegamos à gramática existencial do nosso jovem narrador: sim, é possível o pranto se metamorfosear em grito de obstinação, de alegria, de resiliência".
Autoria |
Tenório, Jeferson - aut |
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Assuntos |
Literatura brasileira Romance Ficção Racismo Desigualdade social |
Editora | Sulina |
Tipo | Livro |
Ano | 2020 |
Extensão | 134 p. |
ISBN | 9788520506929 |
Premiações | Vencedor do Prêmio AGES (Associação Gaúcha de Escritores) na categoria "Livro do Ano" de 2014. |
Localização | 821.134.3(81) T312.10b 2020 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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