O complexo de Portnoy

Quando lançado, em 1969, este livro se tornou best-seller e foi saudado como a consagração definitiva do talento de Philip Roth. A crítica, porém, teve certa dificuldade em classificá-lo. Seria "literatura séria" ou apenas humor? Não era a primeira vez na história do romance que um livro engraçadíssimo parecia uma obra importante; mas havia ao menos dois elementos que causavam estranheza. Em primeiro lugar, o traço caricatural na construção dos personagens lembrava o humor dos grandes comediantes judeus da época, como Lenny Bruce e Woody Allen, que se apresentavam em boates; ao mesmo tempo, porém, a interioridade do narrador-protagonista era de grande densidade. Em segundo lugar, era inegável o desconforto causado pela centralidade do autoerotismo no enredo - o incesto é um tema respeitável desde a tragédia grega, e o homossexualismo ganhava cada vez mais espaço naquele conturbado fim de década em que nada parecia ser proibido - mas masturbação, definitivamente, não era matéria apropriada para um romance com pretensões artísticas.


Autoria Roth, Philip (1933-2018) - aut
Britto, Paulo Fernando Henriques - trl
Assuntos Masturbação
Humor (Literatura)
Literatura estadunidense
Ficção
Romance
Editora Companhia de Bolso
Tipo Livro
Ano 2016
Extensão 237 p.
ISBN 9788535922264
Localização
821.111(73) R845.18ce 2016
Exemplares 1 exemplar(es)
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