Grande marco do Realismo em Portugal, publicado originalmente em 1875, esta é a obra mais polêmica de Eça de Queiroz. O autor adota um ponto de vista desapaixonado para narrar a história da infeliz Amélia, seduzida pelo inescrupuloso Amaro, que entra para o convento graças à imposição de uma nobre beata. Sem vocação alguma, o padre aceita o seu destino passivamente, mostrando absoluto desinteresse pela profissão que abraça sem entusiasmo, e termina pecando contra a castidade, traindo os votos proferidos na sua ordenação. Amélia, educada em um ambiente fervorosamente católico, acostuma-se a viver em um meio hipócrita. Sua atração pelo padre, pura paixão carnal que a desorienta e destrói, nasce da falta de referências morais e do desconhecimento completo do que seja o amor. Os burgueses, os aristocratas, os políticos, os sacerdotes são os vários componentes de um sistema social decadente e perverso. Os seres humanos não são indivíduos propriamente, mas temperamentos dominados pelo instinto e pelo meio social, que lhes determinam o modo de agir. Com irreverência e sarcasmo, Eça de Queiroz tenta resgatar os valores que uma sociedade em declínio havia perdido.
Autoria |
Queiroz, Eça de (1845-1900) - aut |
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Coleções |
A obra-prima de cada autor Ouro |
Assuntos |
Literatura portuguesa Romance Ficção Padres |
Editora | Livraria Martins |
Tipo | Livro |
Ano | c2005 |
Extensão | 417 p. |
ISBN | 9798572325317 |
Localização | 821.134.3 Q3.26c 2005 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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