O diabo e o bom Deus: três atos e onze quadros

Nesta peça teatral, Sartre utiliza-se do diálogo que se traduz num meio deveras interessante da transmissão de uma mensagem que é, ao mesmo tempo, crítica e realista. O texto traz consigo uma estória que provavelmente se dá na Idade Média, na Alemanha. Período esse marcado por uma presença forte da Igreja Cristã (Católica) principalmente do clero, de militares, de uma pequena população urbana, de uma boa quantidade de campesinos, de pobres, de meretrizes, de profetas, anjos, demônios e, logicamente do Diabo e do bom Deus. É por demais fascinante a maneira com que Sartre desenvolve sua peça bem como a precisão e inteligência com que coloca as frases dos personagens. Numa epítome é possível tornar explícita a questão de Deus bem como do Bom Diabo, ou melhor, do Diabo, do bem e do mal, da seguinte forma: tanto Deus quanto o Diabo nesta peça são sinônimos do poder para matar, ordenar, amar, roubar, legitimar, vingar, etc. Nobres, religiosos, militares, pobres, doentes, marginalizados enfim, todos procuram se apoderar de Deus, que é o Bem, para defenderem os seus interesses e legitimarem suas ações. Contudo, seus intentos e atos, parece que na maioria das vezes, são carregados de anseios particulares com vistas ao benefício próprio. Benefícios esses que favorecem o detentor de Deus–Bem, porém são maléficos (Diabo–Mal) para todos aqueles que sofrem para que um se beneficie.


Autoria Sartre, Jean-Paul (1905-1980) - aut
Jacintha, Maria (1906-1994) - trl
Paretti, Marianne - ill
Assuntos Cristianismo
Literatura francesa
Roteiros teatrais
Deuses
Editora Difusão Européia do Livro (DIFEL)
Tipo Livro
Ano c1964
Extensão 235 p.
Localização
821.133.1 S251.10di 1964
Exemplares 1 exemplar(es)
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