Abre-se o pano, o Maestro surge dos bastidores, coloca-se ante a plateia, curva-se aos aplausos e, voltando-se para os músicos, faz um momento de concentração e baixa a batuta. A plateia, feliz, relaxa: daí por diante, tudo é fruição e fantasia. O público muitas vezes desconhece, porém, que uma orquestra sinfônica compõe-se de pessoas que também sofrem e têm seus conflitos, dos quais o maior talvez seja conciliar sua vocação com as circunstâncias especialíssimas em que a música sinfônica é realizada num país ainda às voltas coma a miséria e incompreensões de toda ordem. Cada concerto levado a termo é uma verdadeira façanha. O autor pertenceu à orquestra Sinfônica de Porto Alegre no período que coincidiu com o do milagre brasileiro e do neo-ufanismo, mas também de uma extrema verticalização do poder, a qual se refletia inclusive nas relações entre a administração da orquestra e seus músicos. Para o autor, esta é uma obra de ficção, e como tal quer que ela seja entendida – ainda que esteja carregada de vivências, e entre estas a crise pessoal do protagonista ao atingir a emblemática idade de 40 anos.
Autoria |
Brasil, Luiz Antonio de Assis - aut |
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Coleções |
Novelas |
Assuntos |
Literatura gaúcha / Literatura sul-rio-grandense Romance Ficção Literatura brasileira Orquestras |
Editora | Mercado Aberto |
Tipo | Livro |
Ano | c1986 |
Extensão | 118 p. |
Localização | 821.134.3(816.5) B823.12h 1986 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |