O quarto azul

Tony Falcone e Andrée Despierre não se viam desde a infância. Numa noite de setembro, reencontram-se por acaso e tornam-se amantes. Durante onze meses marcam encontros no "Quarto azul" de um hotel mantido pela irmã de Tony. No último encontro, porém, o marido de Andrée, Nicolas, é visto caminhando em direção ao hotel. Bem naquele dia, ela se declarara, sugerindo que abandonem os casamentos e fiquem juntos. Tony consegue fugir antes de ser flagrado — mas, pouco depois, a morte repentina de Nicolas o deixa em situação complicada. Publicado em 1964, "O quarto azul" figura entre os célebres "romances duros" de Georges Simenon — aqueles que não trazem o comissário Maigret como protagonista, mas mergulham em atmosferas sombrias e personagens perturbados. As cenas de sexo são cruas e completamente desprovidas de eufemismo. Logo nas primeiras páginas, Tony está orgulhoso de ver seu sêmen escorrer da vagina da amante enquanto tenta com um pano aplacar a ferida que ela lhe fez com uma mordida no lábio. O mesmo vale para a violência e os sentimentos dos personagens: tudo no livro é seco e dito da forma mais direta possível. Tony e Andrée caminham por um mundo embrutecido e parecem alheios à culpa, ao pudor, ao arrependimento. "O quarto azul" sintetiza os melhores atributos da obra de Simenon e mantém o leitor sem fôlego até a última página.


Autoria Simenon, Georges (1903-1989) - aut
Telles, André - trl
Assuntos Literatura belga
Mistério
Romance policial
Ficção
Crime
Editora Companhia das Letras
Tipo Livro
Ano 2015
Extensão 130 p.
ISBN 9788535925258
Localização
821.133.1(493) S589.07quar 2015
Exemplares 1 exemplar(es)
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