Narrando a vida de um obscuro herege do século XVI, Ginzburg escreve uma história envolvente sobre a cultura popular e erudita na época da Inquisição, quando cosmogonias como as formuladas pelo moleiro Menocchio eram motivo de condenação religiosa e moral. Ao pesquisar uma seita italiana de curandeiros e bruxos, o historiador Carlo Ginzburg deparou-se com um julgamento excepcionalmente detalhado. Tratava-se do depoimento de Menocchio, um moleiro do norte da Itália, que no século XVI ousara afirmar que o mundo tinha origem na putrefação: "Tudo era um caos, isto é, terra, ar, água e fogo juntos, e de todo aquele volume em movimento se formou uma massa, do mesmo modo como o queijo é feito do leite, e do qual surgem os vermes, e esses foram os anjos". Graças ao fascínio dos inquisidores pelas crenças desse moleiro, Ginzburg encontrou farta documentação, a partir da qual pôde reconstruir a trajetória de Menocchio num texto claro e atraente, e desembocar em uma hipótese geral sobre a cultura popular da Europa pré-industrial.
Autoria |
Ginzburg, Carlo - aut Amoroso, Maria Betânia - trl Paes, José Paulo (1926-1998) - trl Franco Júnior, Hilário - pfr |
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Assuntos |
Menocchio Heresia - Cristianismo Inquisição - Séc. XVI - Itália Religião História |
Editora | Companhia de Bolso |
Tipo | Livro |
Ano | c2021 |
Extensão | 255 p. |
ISBN | 9788535908107 |
Localização | 27-87 G493q 2021 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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