É um livro de violência contida, de uma força dominada, excepcional, "O trigo e o joio", desvenda-nos as lutas de um pequeno povo rural a debater-se, sozinho na sua pobreza, frente ao egoísmo e ao orgulho dos grandes proprietários. É uma obra que importa valorizar pelo mérito artístico, tão evidente se manifesta o escrupuloso trabalho literário do romancista, constitui, pois, em simultâneo, o quadro fiel de determinada situação social e um documento notável sobre os sentimentos, as aspirações e os erros humanos. Circunda-o um sopro épico marcadamente progressista, tão larga é a atmosfera de sonho que rodeia as criaturas e amplos os horizontes abertos para lá da aventura cômica, com as suas promessas indefinidas e logros inevitáveis: o sonho do trigo (e da abastança) que o joio das crendices aniquila, repõe uma vez mais, a impressionante noção muito pessoal de esperança que, modo geral, atravessa toda a obra do romancista, e que este livro mais não é que uma grandiosa alegoria.
Autoria |
Namora, Fernando (1919-1989) - aut Amado, Jorge (1912-2001) - aui |
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Coleções |
Sagitário |
Assuntos |
Literatura portuguesa Romance Ficção Vida rural - Violência Latifundiários |
Editora | Globo |
Tipo | Livro |
Ano | 1970 |
Extensão | 237 p. |
Localização | 821.134.3 N174.06t 1970 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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