Numa cidade à beira do rio Amazonas, um passante vem procurar abrigo à sombra de um jatobá e, incauto ou curioso, dispõe-se a ouvir um velho com fama de louco. É O que basta para Arminto Cordovil começar a contar a história de Órfãos do Eldorado: a história de seu próprio amor desesperado por Dinaura, mas também a crônica de uma família, de uma região e de toda uma época que, à base da seiva da seringueira, quis encarnar os sonhos seculares de um Eldorado amazônico. Essa miragem mítica e histórica serve de pano de fundo a Órfãos do Eldorado e ao destino de Arminto Cordovil, dividido entre o amor pela moça misteriosa e as pretensões dinásticas do pai, Amando, armador enriquecido com a borracha. NA casa elegante em Manaus ou no palacete branco de Vila Bela, Amando nutre fantasias de proprietário e armador, que seu filho único teima em minar. Entre esses extremos que mal se tocam, uma galeria notável de mulheres - Angelina, a mãe morta; Florita, o anjo da guarda morena; Estrela, a bela sefardita - e os homens - de Estiliano, o advogado grego, a Denísio Cão, o barqueiro infernal - que vivem na própria pele o fausto e os conflitos do ciclo da borracha nos anos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. E, no centro de tudo, Dinaura, corpo estranho entre as órfãs das Carmelitas em Vila Bela, moça que parece filha do mato, lê romances, enfeitiça Arminto e sonha com a Cidade Encantada, a Eldorado submersa de que tanto se fala à beira do rio Amazonas.
Autoria |
Hatoum, Milton - aut |
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Coleções |
Mitos |
Assuntos |
Ciclo da borracha - 1879-1912 Ficção Romance Literatura brasileira Relações pessoais / Relações interpessoais - Família |
Editora | Companhia das Letras |
Tipo | Livro |
Ano | 2008 |
Extensão | 107 p. |
ISBN | 9788535911671 |
Localização | 821.134.3(81) H364o 2008 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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