Nos contos deste livro, uma das primeiras obras de García Márquez, respira-se o ar de Macondo: nas flores embrulhadas em jornal trazidas pela mãe do ladrão para a cova do filho; na singular cena do dentista que extrai o dente de um dos homens mais poderosos da região; no sumiço das bolas de bilhar, crime que movimenta toda a cidade em busca do cruel vilão; no esplendor da gaiola de Baltazar, encomendada e depois recusada por um coronel, santificando seu criador; na tristeza da viúva Montiel, que vive abandonada; na melodia dos pássaros que morrem e de ratos dizimados, e, finalmente, nos esplendorosos funerais da poderosa Mamãe Grande, honrados pela presença do Presidente da República e de Sua Santidade, o Papa. "Os funerais da Mamãe Grande" é a mistura do trivial e do fantástico, é a trágica monotonia da vida de aldeia cortada por relâmpagos de fatalidade que jogam luz inesperada e estranha sobre a alma das pessoas — é a densa humanidade e a mestria artística do grande escritor colombiano. Nos oito contos deste livro Gabriel García Márquez faz uma viagem sentimental por sua cidade natal, sem deixar de lado um olhar crítico sobre a sofrida realidade social, a pobreza da terra e o domínio dos coronéis.
Autoria |
García Márquez, Gabriel (1927-2014) - aut Braga, Edson Rocha - trl Carybé (1911-1997) - ill |
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Assuntos |
Contos Ficção Literatura colombiana |
Editora | Sabiá |
Tipo | Livro |
Ano | [1970] |
Extensão | 173 p. |
Localização | 821.134.2(862) G216.07f 1970 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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