Escrito às vésperas do golpe militar de 1964, este romance modelar se constrói em três partes autônomas, interligadas por personagens comuns: prostitutas, boêmios, vigaristas, a comunidade notívaga de Salvador, com suas leis e valores próprios: o culto à cachaça, o ódio à polícia, o horror ao trabalho. Na primeira parte, o cabo Martim, craque dos baralhos marcados e dos dados viciados, sedutor cobiçado, aparece com companheira fixa e planos de constituir um lar. A notícia cai como uma bomba entre os pastores da noite. A segunda narrativa trata do batizado do filho de Massu, negro musculoso que ganha a vida fazendo pequenos fretes. O padrinho do menino é o próprio Ogum, e assim o batizado mobiliza a noite da cidade, embaralhando candomblé e catolicismo. Na última parte, a ocupação do morro do Mata Gato por desabrigados desencadeia um conflito social e político. O dono do terreno recorre à polícia, mas entram em cena outras forças e interesses: autoridades governamentais, imprensa corrupta, banqueiros do jogo do bicho. O romance foi levado ao cinema em 1976 pelo francês Marcel Camus, e em 1995 a segunda parte do livro virou a minissérie de tevê "O compadre de Ogum".
Autoria |
Amado, Jorge (1912-2001) - aut Martins, Aldemir (1922-2006) - ill Oliveira, Jordão de (1900-1980) - ill |
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Assuntos |
Ficção Literatura brasileira Corrupção Desigualdade social Romance |
Editora | Record |
Tipo | Livro |
Ano | 1983 |
Extensão | 294 p. |
Localização | 821.134.3(81) A481.10pas 1983 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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