"Cândido ou o Otimismo" é um retrato satírico de seu tempo. Escrito em 1758, situa o leitor entre fatos históricos como o terremoto que arrasou Lisboa em 1755 e a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), enquanto critica com bom-humor as regalias da nobreza, a intolerância religiosa e os absurdos da Santa Inquisição. Em "Os ouvidos do conde Chesterfield", de forma irônica e sarcástica, o autor nos mostra como é fácil, na época da Razão, ler algo e admiti-lo como verdade. O diálogo entre os personagens nada mais é que o próprio Voltaire, grande defensor da liberdade de expressão, demonstrando suas concepções, criticando com veemência religiões e escarnecidamente atingindo todas as bases e raízes de costumes da conjuntura social. Em "A princesa da Babilônia", Voltaire não poupa críticas nem ironias a religiosos de diversas matizes, à intolerância e ao colonialismo. Por outro lado, faz registrar seu elogio à mulher como governante, à ciência, ao respeito às diferentes tradições culturais e ao meio ambiente. Em "O ingênuo", um homem honesto e sincero, espantado com as ridículas convenções sociais, ataca o clero católico e os jesuítas, ironizando também quem se submete às normas da Igreja por temor e interesse. Em "Micrômegas" é abordado, além da vida fora da terra, a ideia do quanto o ser humano é pequeno em relação ao universo e como destrói a si mesmo.
Autoria |
Voltaire (1694-1778) - aut Coutinho, Galeão (1897-1951) - trl Teixeira, Lívio (1902-1975) - trl Silveira, Miroel (1914-1988) - trl |
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Coleções |
Excelsior |
Assuntos |
Fantasia Filosofia Ficção Religião Literatura francesa Otimismo Sátira Contos Inquisição |
Editora | Livraria Martins |
Tipo | Livro |
Ano | 1952 |
Extensão | 277 p. |
Localização | ACERVO HISTÓRICO 821.133.1 V935r 1952 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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