Jorge Amado considerava "São Jorge dos Ilhéus" (publicado em 1944) uma continuação natural de seu romance anterior, "Terras do sem-fim" (1942). Se este, ambientado no campo, narra a saga dos pioneiros e as guerras sangrentas pela posse da terra, aquele, tendo Ilhéus como cenário principal, fala do momento em que, pacificada, a região colhe os frutos da exportação de cacau e se moderniza. Nesse contexto, em que os confrontos de jagunços foram substituídos pelo jogo na bolsa de valores e pelas intrigas políticas, pululam os personagens mais díspares: prostitutas, jogadores, exportadores estrangeiros, militantes comunistas, filhos de coronéis transformados em bacharéis ociosos, poetas de fim de semana, artistas de cabaré. Durante uma alta de preços forçada astuciosamente pelos exportadores, com o intuito de ludibriar os velhos coronéis e açambarcar suas terras, a cidade de Ilhéus vive uma breve idade do ouro, com uma vida noturna vibrante, e recebe aventureiros de todos os pontos do país e até do exterior. Jorge Amado entrelaça os destinos de uma dúzia de personagens das mais variadas extrações, narrando de modo envolvente seus dramas e suas comédias, seus sonhos, traições, vinganças.
Autoria |
Amado, Jorge (1912-2001) - aut Schaeffer, Frank (1917-2008) - ill |
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Assuntos |
Comunismo Literatura brasileira Romance Corrupção Ficção Política - Brasil |
Editora | Record |
Tipo | Livro |
Ano | 1987 |
Extensão | 327 p. |
Localização | 821.134.3(81) A481.10sa 1987 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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