Em 1927, na cave de um sórdido prédio de Brooklyn, Henry Miller ouvia pela primeira vez o nome de Rimbaud. Anos depois, em Los Angeles, escrevia febrilmente versos do poeta nas paredes da casa que habitava, e, em 1945, surgiam as primeiras linhas de "Tempo dos assassinos" (1946), um dos mais apaixonantes estudos sobre o poeta amaldiçoado. Em plena era atômica, no precipício da aniquilação, a identificação entre os dois gigantes da literatura subversiva foi fulminante, e Miller ouvira em Rimbaud o apelo de um profeta do colapso da civilização, de um pária como ele, revendo-se na revolta contra o mundo, nas adversidades e na itinerância do seu escritor predileto. Fundindo biografia e reflexão, "Tempo dos assassinos", a pretexto da vida de Rimbaud, explora a função social e os dilemas do artista de gênio que se recusa a ceder a uma era em que a sociedade sufoca o vital instinto criador. A função social da personalidade criativa é um tema recorrente com Henry Miller, e este livro é talvez sua análise mais pungente e concentrada do dilema do artista.
Autoria |
Miller, Henry (1891-1980) - aut Olinto, Antônio (1919-2009) - aui - trl |
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Assuntos |
Rimbaud, Arthur Literatura estadunidense Ensaios Arte |
Editora | Record |
Tipo | Livro |
Ano | c1968 |
Extensão | 160 p. |
Localização | 821.111(73) M648.08te 1968 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |