No romance "Uma mulher diferente" como em outras obras Cassandra utiliza-se do estereótipo para desestabilizar o estabilizado/estabelecimento. De acordo com as convenções tradicionais de gênero (literário) preestabelecidas antes mesmo de começar a leitura o leitor já espera deparar-se com um crime seguido de uma investigação que sem dúvida levará à solução do caso e ao restabelecimento da ordem. Logo torna-se evidente que a questão central abordada pela obra não é uma questão de fato, mas sim de processo: já sabemos o que vai acontecer resta descobrir como acontecerá. Desde o primeiro capítulo quando se revela que a belíssima loira encontrada morta boiando no rio não era uma mulher de verdade (como a famosa imagem de Amélia) e sim uma mulher diferente o leitor(a) percebe que esse romance policial não será exatamente como os tradicionais escritos por outros autores conceituados.
Autoria |
Rios, Cassandra (1932-2002) - aut |
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Assuntos |
Ficção Crime Transexuais Transexualidade Homofobia Literatura brasileira Romance policial |
Editora | Terra |
Tipo | Livro |
Ano | 1969 |
Extensão | 234 p. |
Localização | 821.134.3(81) R586.03mudi 1969 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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