Vila Nova da Rainha Doida

Após dedicar-se ao romance por quase duas décadas, o baiano Guido Guerra decidiu voltar às histórias curtas que marcaram o início de sua carreira. "Vila Nova da Rainha Doida" marca o retorno do escritor ao conto com narrativas exemplares. Na obra, o mundo rural, as pequenas cidades do interior, tomadas como metáforas confortáveis da sociedade global, constituem o território mais luminoso da narrativa de Guido Guerra. As histórias transcorridas neste mundo emblemático são as mais fascinantes, a exemplo daquelas passadas em Mirante dos Aflitos, cidade do Coronel Duarte e do seu fiel escudeiro Tibério Boa Morte. A força da tragédia banal dos homens simples é, às vezes, arrefecida pela busca do humor. Em meio ao desapontamento do narrador e do leitor diante das impassíveis engrenagens da máquina do mundo, Guido Guerra recorre ao humor de conformação um tanto irônica e cáustica, quebrando a tensão da narrativa. Mas os melhores momentos são aqueles em que ele enfrenta o destino das suas criaturas de papel, deixando que elas representem a rede da vida, encenando o gesto falido ou o ensaio mambembe deste drama, cujo roteiro todos gostaríamos de reescrever. Tal drama não se passa num palco, mas nas ruas do nosso tempo, onde o riso desconcertado toma o lugar que poderia ser ocupado por um soco no vazio - pelo impassível fluir do trágico.


Autoria Guerra, Guido (1943-2006) - aut
Assuntos Ficção
Literatura brasileira
Contos
Vida rural
Editora Record
Tipo Livro
Ano c1998
Extensão 188 p.
ISBN 8501051268
Localização
821.134.3(81) G934.07v 1998
Exemplares 1 exemplar(es)
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