É no delicado momento que precede a morte que o homem descobre o verdadeiro significado da vida. E é esse momento singular vivido pelo personagem Adrian Lidhout que dá início a uma das mais contundentes obras do escritor Johannes Mario Simmel: "Viver é amar". Uma história de ficção baseada numa esperança concreta do autor em relação ao combate à infinita desgraça que é o vício de entorpecentes. Em maio de 1940, quando Rotterdam cai sob o domínio nazista, o judeo Philip Keyser vê seu melhor amigo, Adrian Lindhou, morrer durante a explosão de uma bomba. Para se proteger da perseguição implacável de seus inimigos, ele assume a identidade do companheiro e a paternidade da menina Truus, por quem, mais tarde, iria se apaixonar. E é sob essa falsa identidade que o cientista dedica-se à pesquisa de uma substância capaz de anular, por sete semanas, os perniciosos efeitos da heroína. Trinta anos depois, ele ganha o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta desse medicamento que revoluciona a indústria farmacêutica e abre uma janela para a recuperação de milhares de viciados. Mas, ao mesmo tempo, torna-o vítima de uma poderosa organização ligada ao narcotráfico. Ao buscar revolver o lamaçal que envolve as estruturas de poder numa sociedade, o autor mergulha fundo na natureza humana, abordando questões importantes como a reconstrução do Ocidente após a Segunda Guerra Mundial, as novas guerras motivadas pelos interesses das grandes potências, a hipocrisia dos sistemas e das ideologias políticas, e a miséria absoluta da esmagadora maioria dos homens. Numa narrativa densa, mas extraordinariamente bem montada, Mario Simmel mostra que mesmo em meio ao sofrimento é possível descobrir que viver é amar.
Autoria |
Simmel, Johannes Mario (1924-2009) - aut Luft, Lya (1938-2021) - trl |
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Assuntos |
Literatura austríaca Romance Ficção Drogas Nazismo Pós-guerra |
Editora | Nova Fronteira |
Tipo | Livro |
Ano | 1980 |
Extensão | 610 p. |
Localização | 821.112.2(436) S592.10v 1980 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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